terça-feira, 18 de junho de 2013

Durante tanto tempo esqueci-me de mim própria, para me lembrar de ti. Para te suportar, apoiar. Tentei dar-te o meu amor, mas esperei algo diferente. Esperava que o recebesses como alguém que recebe uma prenda e se apaixona logo de imediato por ela, e que tem o máximo de cuidado com ela. Estranho ter comparado o meu amor com uma simples prenda, algo que para mim não significa quase nada. A verdade é que o recebeste da forma que mais poderia odiar. Não lhe deste valor, não cuidaste dele, não o conseguiste amar.

Desprezaste o meu amor...

Desprezaste...

Desprezaste-o...

Como se não fosse nada.

Estavas agarrado a outro amor... Mas que amor? Mas que amor era esse? Que te fez tanto mal? E ainda estás agarrado a ele?

Mas eu continuei, a ser aquela que não era nada. Umas conversas e sentimo-nos bem, mais do que isso já não merecia. Sentimo-nos... Sentiste-te bem. Para ti já era demasiado ter-me como alguma espécie de peso enfadonho que terias de aturar.

Apaguei.

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